quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

ANA FREUD


FADIMAN, James e FRAGER Robert. Anna Freud e os pós-freudianos. In: Personalidade e Crescimento pessoal. Porto Alegre: Editora Artmed, 2004, 5ª edição.

Defesas utilizadas com consciência e auto-compreensão tornam a vida mais tolerável e mais bem-sucedida. P 63

“À medida que a criança se torna ciente da excitação sexual que não pode ser satisfeita, as 'excitações' sexuais evocam forças mentais contrárias que, a fim de suprimir este desprazer com eficácia, erigem as represas mentais de repulsa, vergonha e moralidade” (S. Freud, 1905, p 178). Não apenas a idéia original é reprimida, mas qualquer vergonha ou auto-reprovação que poderia surgir pela admissão destes pensamentos também é excluída da consciência. P 65

A ânsia que está sendo negada precisa ser repetidamente obscurecida. P 65

O ato de atribuir a outra pessoa , animal ou objeto as qualidades, sentimentos ou intenções que se originam em nós mesmos se chama projeção. É um mecanismo de defesa em que aspectos de nossa própria personalidade são deslocados de dentro do indivíduo para o ambiente externo. A ameaça é tratada é tratada como se fosse uma força externa. P 66

Sublimação é o processo mediante o qual a energia originalmente dirigida a metas sexuais ou agressivas é redirigida a novos objetivos – com freqüência artísticos, intelectuais ou culturais. A sublimação foi chamada de “defesa bem sucedida” (Fenichel, 1945). P 66

A civilização estimula a transcendência de impulsos originais e, em alguns casos, cria metas alternativas que podem ser mais satisfatórias para o id do que a satisfação dos impulsos originais. P 67

As defesas aqui descritas são modos que a psique dispõe de se proteger da tensão interna ou exterior. P 67

Os adolescentes (...). Eles formam as relações amorosas mais apaixonadas, mas as rompem tão abruptamente quanto as iniciaram. Por um lado, lançam-se entusiasmadamente à vida da comunidade e, por outro, possuem um anseio irressistível de solidão. Oscilam entre a cega submissão a algum líder de sua escolha e a rebeldia desafiadora contra toda e qualquer autoridade. São egoístas e materialistas e, ao mesmo tempo, repletos de elevado idealismo. São ascéticos, mas subitamente podem mergulhar em prazeres instintuais do caráter mais primitivo. P 81